Capabilities e o desenvolvimento de soluções para aplicações biológicas na agricultura sustentável

Capabilities e o desenvolvimento de soluções para aplicações biológicas na agricultura sustentável

A agricultura se tornou a arte milenar de cultivar a terra, permitindo que as pessoas deixassem de ser nômades. Desde então, a atividade vem se modernizando e alcançando maior produtividade por hectare. Nos dias de hoje, segue outras indústrias e também adere ao conceito de sustentabilidade. Daí a expressão agricultura sustentável. Trata-se de uma forma de produção com menores emissões de poluentes, respeito ao meio ambiente e justiça social, sem deixar de ser viável economicamente.

O Brasil dispõe de ciência agrícola capaz de criar soluções inovadoras para o campo produzir em maior quantidade e melhor qualidade, contribuindo para o País cumprir com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. O ODS 2, por exemplo, trata especificamente de acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável. Uma das soluções é a formulação de biopesticidas, que não substituem, mas se somam aos defensivos convencionais, numa força-tarefa de manejo integrado de combate às pragas.

Biológicos e sintéticos têm a mesma eficiência, porém, os produzidos com microrganismos vivos oferecem maior segurança, são biodegradáveis, inofensivos a organismos não-alvo, não deixam resíduos tóxicos e, muitas vezes, ajudam a reduzir significativamente os custos operacionais no campo. Também atendem aos desejos dos mercados consumidores por práticas e produtos mais sustentáveis. Em certos casos, aí sim, eles se apresentam como a única alternativa possível, já que as pragas desenvolvem resistência aos pesticidas tradicionais, o que não acontece com os biológicos, devido aos seus efeitos inibitórios terem diferentes modos de ação.

Vencendo desafios técnicos e culturais – Como se vê, os pesticidas microbianos têm diversos atributos que atendem à demanda crescente por sustentabilidade no campo e na mesa do consumidor final. Quem negligenciar estes requisitos, perderá competitividade. Mas a formulação destes produtos ainda é muito desafiadora. Para a indústria, há dois principais obstáculos: garantir a viabilidade do tempo de prateleira e assegurar eficiência no local exato de controle das pragas. Uma outra dificuldade está no campo. Ainda é preciso vencer o ceticismo dos produtores e fazê-los compreender que o efeito desejado depende muito da correta aplicação. Em suma, calda com pH controlado, tanque limpo e pulverização em horários de temperatura mais amena.

Os três desafios estão sendo vencidos. De um lado, a indústria busca fornecedores com capacidade técnica para promover pesquisas e desenvolver biocompatibilizantes para assegurar que o ativo se mantenha vivo da linha de produção, passando pelo comércio, até chegar ao campo. Na outra ponta, diversos formuladores investem em comunicação para provar ao agricultor, que os defensivos biológicos são uma prática suplementar ao uso dos químicos convencionais com excelentes resultados, desde que utilizados conforme as orientações do fabricante.

A Oxiteno, agora parte da Indorama Ventures Public Company Limited (IVL), é uma empresa química líder na produção de tensoativos na América Latina e também está à frente nas pesquisas em soluções inovadoras para a formulação de biodefensivos. O que coloca a companhia nesta posição, são suas capabilities, ou seja, profundo conhecimento científico e corpo técnico extremamente qualificado, além de laboratórios modernos e completos, com equipamentos de alta tecnologia.

A empresa dispõe de sua própria casa de vegetação, que permite entender como a formulação desenvolvida performa na aplicação. Outros experimentos e simulações são realizados com parceiros, mas esta primeira análise microbiana é in house, o que acelera o desenvolvimento. Entre os equipamentos de avaliação do comportamento da formulação sobre as plantas, está o Spray Chamber, que faz aspersão sobre as folhas, e o Rhizotron, para análise do efeito pós-aplicação nas raízes. São, enfim, equipes dedicadas e ambientes propícios para a pesquisa e desenvolvimento de ponta.

Biopesticidas com dois anos de prateleira – A Oxiteno tem diversos casos de sucesso, apresentados recentemente no X SINTAG (Simpósio Internacional de Tecnologia de Aplicação), em Porto Alegre (RS). Um deles consiste em uma solução para calda fermentativa de bactérias, que viabiliza esses ativos biológicos por meio de óleo mineral somado a um pacote exclusivo de emulsionantes. Um, protege os microrganismos, muito sensíveis à água, ao ar, à temperatura e agentes químicos. Os outros preservam suas propriedades.

O resultado é que a formulação final pode alcançar até dois anos de prateleira em temperatura ambiente. O ativo permanece vivo, mas inerte, para ser reativado somente no preparo da calda no campo. O gatilho é o contato com a água. Além de viabilizar a produção de biodefensivos, essa tecnologia também tem capacidade de potencializar a formulação, para que fique homogênea na calda, flua pelos bicos aspersores e tenha aderência no local exato, sejam folhas, raízes ou sementes, formando um biofilme protetor.

Tendência de maior participação de mercado – Os defensivos biológicos já conquistaram a Europa e vão conquistar o Brasil também, não só porque são eficientes ou porque contribuem para redução de custos de produção no campo, mas também pela agenda da sustentabilidade, que se impõe rapidamente em todo o mundo. Os produtores nacionais precisam se preparar para as exigências dos mercados por uma agricultura sustentável. A Oxiteno já está pronta para a atender a demanda atual e futura.

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