Biopesticidas são baseados em organismos vivos como bactérias, fungos e vírus, ou em produtos naturais de origem vegetal ou microbiológica, que ajudam a reduzir ou limitar populações de pragas. Eles estão ganhando cada vez mais atenção por serem ecológicos, seguros e compatíveis com abordagens de Manejo Integrado de Pragas (MIP).
No entanto, a implementação de biopesticidas ainda é desafiadora em comparação com os pesticidas químicos sintéticos devido a fatores como métodos de produção caros, menor estabilidade no armazenamento e susceptibilidade às condições ambientais. Para superar essas questões, melhorias nas formulações têm sido bem-sucedidas em aumentar e sustentar a atividade biopesticida.
A chave está em compreender o organismo específico utilizado como agente de biocontrole, seja ele bactéria, fungo ou vírus. Diferentes cepas têm requisitos de estabilidade únicos, exigindo formulações personalizadas que garantam que os diferentes componentes sejam biocompatíveis.
Para isso, é importante que o formulador tenha versatilidade na bancada, dispondo de dispersantes, emulsionantes e agentes molhantes com características químicas variadas.
Dispersantes, como os poliméricos (iônicos e não-iônicos), auxiliam na homogeneidade e dispersão dos ingredientes ativos em formulações líquidas e sólidas, prolongando a vida útil do produto. A seleção do dispersante ideal é crucial, em especial para formulações sólidas, assegurando a abertura em tanque sem sedimentação ou aglomeração.
Emulsionantes à base de óleo de mamona, álcoois, ou pacotes emulsionantes especializados são exemplos de produtos que otimizam a abertura de biopesticidas de base oleosa em água, facilitando a aplicação e melhorando a performance no campo.
Agentes molhantes aumentam a capacidade do biopesticida de aderir aos alvos, otimizando a cobertura e retenção do produto.
Desenvolver um biopesticida de sucesso requer expertise em:
- Exploração de diversas opções de formulação: utilizando bibliotecas de produtos químicos para encontrar o ajuste perfeito para cada organismo.
- Sustentabilidade e escalabilidade: assegurar que a formulação seja ecologicamente correta e comercialmente viável.
- Testes rigorosos: garantir que a formulação se comporte como esperado em diferentes condições.
A compatibilidade do agente de biocontrole com diversos ingredientes também é crucial. Mapas de biocompatibilidade, como o apresentado na brochura abaixo, auxiliam na identificação de ingredientes compatíveis para um desenvolvimento de formulações mais rápido.
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