Nunca se debateu tanto sobre a necessidade de encontrar o equilíbrio entre os interesses econômicos, com as obrigações sociais e ambientais, de pessoas, governos e iniciativa privada. A sustentabilidade se mantém na agenda do dia em nível global para despertar a consciência coletiva a esta causa que é urgente. Diante desse cenário, a indústria de tintas se movimenta e busca na química a base aliada para encontrar soluções viáveis, como na utilização dos solventes.
Nós da Oxiteno somos este parceiro estratégico e temos diversos exemplos no nosso portfólio. Um deles são os solventes. Muito se fala sobre o perigo que estas substâncias químicas oferecem para a saúde e para o planeta. Mas será que isso é verdade, especialmente nos dias de hoje, após tantos avanços tecnológicos em equipamentos, pesquisas e processos?
A indústria de tintas está cada vez mais sustentável, ao investir em formulações inovadoras e melhorias contínuas nas operações e no gerenciamento de resíduos. Maduro e exigente, este setor demanda por fornecedores e produtos mais responsáveis e sustentáveis, capazes de desenvolver solventes que somem alto desempenho com menor impacto ambiental e social, além de melhor relação custo-benefício.
A Oxiteno acompanha a evolução do mercado de tintas e compartilha desta mesma visão. Colocamos a sustentabilidade no centro da nossa estratégia. Nosso investimento em tecnologia, somado à expertise do nosso time e às parcerias estabelecidas com clientes, nos permite gerar soluções com foco nas necessidades por produtos mais eficientes e sustentáveis. Deixamos esses compromissos claros no nosso Plano Estratégico de Sustentabilidade 2030.
No segmento de Coatings as metas definidas no Plano 2030 já estão sendo cumpridas com avanços nos processos produtivos e das formulações. Utilizamos os princípios do Design for Environment em conjunto com a ferramenta de ACV (Avaliação de Ciclo de Vida) para quantificar os impactos ambientais gerados por um novo produto, desde o desenvolvimento até o descarte. Fazem parte dos nossos compromissos dentro da cadeia de valor de tintas, desenvolver novas soluções com menor impacto ambiental e social, eficiência no uso de recursos com foco na diminuição de resíduos, e a contribuição para a evolução tecnológica de revestimentos cada vez mais duráveis e resistentes.
Os solventes nas formulações de tintas
Os solventes são substâncias com capacidade de dissolver outros materiais e compostos, e, por isso, exercem funções fundamentais na preparação, na estabilidade e na aplicação de tintas e vernizes, que são formulações complexas, resultado da mistura de diversos ingredientes, desempenhando papel fundamental nas características finais destes produtos. A tinta à base de solvente é a tecnologia mais utilizada em aplicações industriais, uma vez que viabiliza formulações de revestimentos com alta performance, empregadas em diversos bens de consumo.
Com impacto direto no processo de aplicação e formação de filme da tinta, os solventes potencializam o desempenho das tintas e vernizes nos mercados industriais, o qual é bastante desafiador pela complexidade das formulações utilizadas, e diversidade de tipos de superfície onde são aplicados, como por exemplo superfícies metálicas ou de polímeros, utilizados na produção, desde capas para telefone celular, até estruturas complexas como pontes e instalações industriais. Este atributo é da maior importância para a sustentabilidade, pois tintas bem formuladas, que oferecem maior resistência e durabilidade, ajudam a reduzir impactos sócio-ambientais em toda a cadeia, otimizando consumo energético e recursos naturais.
Solventes, uma escolha técnica
Para alcançar a melhor performance é preciso escolher o solvente correto. Do ponto de vista técnico existem vários critérios a serem considerados com objetivo de entregar as características desejadas de uma tinta ou verniz. Alguns dos principais pontos a se considerar para uma formulação base solvente equilibrada, são os parâmetros de solubilidade, o perfil (ou taxa) de evaporação, e sua contribuição nos aspectos de sustentabilidade: como emissão de VOC (composto orgânico volátil), reatividade fotoquímica, entre outros.
O portfólio de solventes oxigenados da Oxiteno é pautado no desenvolvimento de produtos mais sustentáveis, que possuem performance superior e conteúdo renovável, garantindo alta qualidade, menor pegada de carbono e maior segurança em processos. Nossas soluções entregam aos nossos clientes, odor reduzido, baixa toxicidade e menor impacto na classificação GHS (Globally Harmonized System), assim como também apresentam desempenho superior quando comparadas com outras tecnologias presentes no mercado, como por exemplo, solventes derivados de propileno.
Tintas, quando formuladas com os solventes da Oxiteno, possuem evaporação mais equilibrada, reduzindo perdas e defeitos de aplicação, gerando emissões de VOC menores e mais controladas. Portanto, formular e trabalhar com solventes de forma responsável, optando pelas soluções da Oxiteno, proporciona aos nossos clientes, oportunidades de diferenciação técnica e também de impacto às pessoas e ao meio ambiente de forma mais positiva.
Uma nova geração de solventes
A Oxiteno é líder no mercado de solventes no Brasil e reconhecida por sua excelência operacional, com exigentes controles de produção que seguem padrões internacionais. Nos últimos anos, lançamos uma nova geração de solventes derivados do propanol, com desempenho superior na aplicação e como uma alternativa à série de éteres de propilenoglicol. As linhas ULTRASOLVE® H e ULTRASOLVE® M atendem a diferentes segmentos, como tintas automotiva, industriais, para madeira e impressão. Os éteres glicólicos ULTRASOLVE® H 2400 (Propilglicol) e ULTRASOLVE® H 2440 (Propildiglicol), assim como o éster ULTRASOLVE® H 2300 (Acetato de Propilglicol) apresentam compatibilidade com diversas resinas e taxas de evaporações variadas, possibilitando atender às mais diversas necessidades do formulador. Já o ULTRASOLVE® M 2200 (Acetato de N-propila), é um eficiente solvente ativo com excelente solubilidade e estabilidade para tintas de impressão e industriais.
Artigo escrito por Fabrício Guilhermino Pereira, Gerente de Pesquisa & Desenvolvimento para Coatings
