Olá. Percebemos que o seu navegador está desatualizado.
É preciso utilizar um navegador atualizado para correta experiência dentro do site. Abaixo sugestões de uso dos principais navegadores:
Google Chrome Mozilla Firefox
Hello. We noticed that your browser is out of date.
You must use an updated browser for the correct experience within the site. Below are suggestions for using the main browsers:
Google Chrome Mozilla Firefox
Hola. Notamos que su navegador está desactualizado.
Debe usar un navegador actualizado para la experiencia correcta dentro del sitio. A continuación hay sugerencias para usar los principales navegadores:
Google Chrome Mozilla Firefox

O PAPEL DE SURFACTANTES NÃO-IÔNICOS EM ADJUVÂNCIA E PREVENÇÃO DE FITOTOXICIDADE EM PROTIOCONAZOLE SC

Publicado em: 22 fevereiro, 2024.

Autor: Franci Lourdes de Sousa Leal

INTRODUÇÃO

O fungicida Protioconazole é o segundo principal fungicida aplicado no Brasil [1] em termos de valor de mercado, correspondendo a cerca de US$ 280 M. Usado em mais de 137 M de hectares globalmente em 2022, esse ativo desempenha um papel importante no controle da ferrugem asiática na soja e é comumente aplicado em grandes culturas, como cereais e milho.

Com projeção de crescimento a uma taxa superior à do mercado de fungicidas como um todo até o ano de 2026 (3,2% vs 2,8%), a aplicação desse ingrediente ativo é principalmente feita em conjunto com outros ativos, garantindo assim uma maior robustez das formulações. Números de registros concedidos de formulações contendo Protioconazole apresentam crescente de quase 50% nos últimos 3 anos, tendo salto de 16 novos registros concedidos em 2021, para 45 em 2023.

O tipo de formulação mais comumente utilizada no mercado de defensivos agrícolas contendo o ingrediente ativo Protioconazole é a Suspensão Concentrada (SC). Nesse tipo de formulação, utiliza-se como veículo a água e o ativo fica suspenso no meio. Para manutenção da estabilidade desta formulação durante o tempo de prateleira e após a diluição em água, faz-se necessário o uso de surfactantes na composição da calda de pulverização, cumprindo diferentes funções como dispersantes, co-dispersantes e/ou umectantes, além de agente reológico.

A Indorama Ventures conta com um amplo portfólio de soluções para esse tipo de formulação e o objeto central desse artigo é estudar os efeitos sinérgicos das linhas de Copolímero EO/PO e Derivados de Polisorbatos em uma formulação de Protioconazole, contribuindo assim para o controle de doença em soja além da sua proteção contra fitotoxicidade.  

DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO

Para este estudo foi gerada uma formulação base conforme descrita abaixo:

ComponentesFunçãoConcentração (g/L)
ProtioconazoleIngrediente ativo300
SURFOM® SC 8384Dispersante principal40
ULTRARIC® PE 104Co-disperasante15
ALKOSYNT® IT 60Umectante15
MonoetilenoglicolAnticongelante50
AntiespumanteAntiespumante3
Goma xantana (2% aquoso)Agente reológico50 – 150
AdjuvantePenetrante50 – 100
ÁguaVeículoQsp para 1L
Densidade, 25°C ~1,100 g/cm3

O objeto de estudo é a variação de diferentes adjuvantes destacado acima na COR VERDE que compreendem diversos surfactantes do grupo de copolímeros EO/PO e derivados de polisorbatos.

Foi formulado Protioconazole 300 SC, com adição de dispersante, co-dispersante e umectante, sendo realizada a moagem dessa formulação e sobre esta base de moagem adicionou-se diferentes surfactantes com potencial ação adjuvante. Ao final foi adicionado o agente reológico para ajuste de viscosidade.

A estabilidade das formulações foi avaliada após 14 dias a 54°C e, 30 dias a 25°C, e apresentaram ótima estabilidade quanto a tamanho de partícula, viscosidade, separação de fases, sedimentação, suspensibilidade e pH. As formulações também foram avaliadas quanto a bioeficácia e fitotoxicidade em teste de campo.

Imagem 1: Teste de campo – Patrocínio Paulista, SP – Maio de 2023

Dados de aplicação: Dosagem: 233 mL ha-1; Época de aplicação: 45 / 60 / 75 DAE; Volume de calda de 160 L ha-1. Foto 1: área de teste com soja após 3ª aplicação das formulações avaliadas. Foto detalhe – Exemplo: folhas de soja com a doença Ferrugem Asiática.

Imagem 2: Teste de campo – mancha ao centro da foto, área sem tratamento/testemunha.

Imagem 3: Visita do time Oxiteno ao campo durante os testes.

O Gráfico 1 apresenta a severidade da ferrugem asiática na soja, segundo escala diagramática (Godoy et al. 2006)[2]. Os dados foram coletados antes de cada aplicação (Severidade antes da primeira aplicação = SevPre1; Severidade antes da segunda aplicação = SevPre2; Severidade antes da terceira aplicação = SevPre3) e aos 14 e 21 dias após a terceira aplicação dos protótipos.  A severidade antes da primeira aplicação = SevPre1 foi igual a zero, pois não apresentava ainda sinais da doença.

Gráfico 1: Severidade da Ferrugem Asiática em soja, %

Podemos observar que as 2 classes de surfactantes estudadas (Copolímero EO/PO; Derivado de Polisorbato) apresentaram ótimo controle da Ferrugem Asiática, mantendo baixa a porcentagem de severidade da doença na soja, destacando-se dos resultados obtidos na formulação base, sem adição do adjuvante com ação penetrante.

Além do estudo de severidade, observou-se a % de incremento de grãos e a % de controle da doença na área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD), após a aplicação dos diferentes protótipos para controle de ferrugem asiática na cultura da soja, conforme observamos no Gráfico 2.

Gráfico 2: Controle de Ferrugem Asiática em soja usando AACPD

Teste F = 352,6**; CV = 3,01. Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. ns não significativo; * e ** significativo a 5% e 1% de probabilidade respectivamente.

Para os dados de severidade foram utilizados para o cálculo da área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) o modelo proposto por Campbell e Madden (1990)[3].

Na avaliação de fitotoxicidade nas plantas de soja, nenhum dos protótipos testados apresentou sintomas visuais após as 3 sequencias de aplicação de Protioconazole, demonstrando ótimo controle da doença sem causar fitotoxicidade na soja.

Quanto ao rendimento de grãos das plantas de soja ocorreu incremento de produtividade em relação a testemunha nos protótipos avaliados. Sendo o incremento de produtividade muito menor nos testes realizados somente com a formulação base sem a adição de adjuvante, o que era esperado já que nestas plantas de soja ocorreu menor controle da doença. 

CONCLUSÃO

De acordo com os resultados obtidos nesse estudo, as formulações contendo Derivado de Polisorbato e Copolímero EO/PO como adjuvante na formulação de Protioconazole 300 SC apresentaram ótimo controle da Ferrugem Asiática promovendo ação penetrante na formulação, comprovados através do incremento na eficiência da formulação.

Dentro das classes químicas Derivado de Polisorbato e Copolímero EO/PO, os adjuvantes eleitos para esse estudo apresentaram-se como ótimas opções em formulações de Suspensão Concentrada (SC) que requerem penetração do ingrediente ativo sem potencial de fitotoxicidade. Destacamos também o ótimo perfil GHS dos adjuvantes testados, o que colabora para uma formulação mais segura.

Para obter mais detalhes sobre os produtos testados nesse estudo, entre em contato com o assistente técnico responsável por seu atendimento.

REFERÊNCIAS

[1] Dados Safra 2022 – AgBioInvestor.

[2] GODOY, C.V.; KOGA, L.J.; CANTERI, M.G. Diagrammatic scale for assessment of soybean rust severity. Fitopatologia Brasileira, v.31, p.63-68, 2006.

 [3] CAMPBELL, C.L.; MADDEN, L.V. Introduction to plant disease epidemiology. New York: John Wiley & Sons, 1990. 532p.

Voltar à Connecting 10° ed – Março, 2024